31 de dez. de 2015

Na Primeira Pessoa - Noé (parte 1)


Meu nome é Noé. Meu pai se chamava Lameque. Ele achou que eu seria simbolo de 'descanso', de 'repouso' por isso me deu este nome. Meu pai e o 'vô' Matusalém, que todo mundo chamava de 'o velho', conheceram o primeiro homem. É verdade! Eles conheceram Adão. O homem esculpido pelo Criador.
Meu pai me contava histórias muito interessantes sobre Adão e as experiências vividas na região do Éden. Eu, que sempre fui um menino curioso, cresci observando a natureza e, em cada detalhe que reparava era impossível deixar de perceber a beleza e a organização da criação divina. Tinha uma 'coleção de lascas' de árvore arranhadas com desenhos copiando esquemas da natureza. Quando adolescente saí para procurar 'o velho', meu 'vô". O "vô" era muito bom de papo. Ele mostrava de maneira tão poética a beleza da criação e nunca deixava de contrastar a organização dos ciclos da vida com, por exemplo, a bagunça e o estado de corrupção dos seres humanos. O "vô" sempre me falava que meu 'biza', pai dele, não tinha morrido. Eu, da primeira vez, fiz como todo mundo sempre fazia. Fui perguntando onde ele estava. O 'vô" deu uma risada marota e disse que o pai não tinha morrido mas que não estava mais aqui. Como assim? - eu perguntava. E ele respondia: Enoque andou com Deus, meu filho. Deus pegou Enoque de volta. Deus tirou meu pai, dizia ele, desse mundo doido.
Quando voltei da casa do 'vô' decidi ser diferente. Eu achava que andando com Deus eu também seria levado para o paraíso. É claro que eu não sou besta e nunca falei nada disso com ninguém. Na verdade, eu nunca fiz nada de extraordinário. As únicas coisas que eu fazia e que deixava as pessoas impressionadas era me relacionar com os animais e fazer pesquisas com as plantas. No fundo eu só queria fazer escolhas que não desagradassem ao Criador.


O tempo passou e Deus me presenteou com uma mulher linda. Me apaixonei dela e ela de mim. Prometi a ela ser 'uma só carne' na mistura com ela. Ela adorou a promessa que, convenhamos, não era nada original. Fato é que formamos uma família e, Deus nos abençoou com três meninos fortes. Sempre que tinha possibilidade, repetia as histórias que meu pai e o velho 'vô' me contaram. Gostava de chamá-los de 'meus moleques'.
'Meus moleques' levaram nomes que mudaram minha expectativa de futuro. Não queria mais ser levado para o céu. Gostava deles, estava cada vez mais apaixonado por minha mulher e achava nossa vida sensacional.  Não posso esquecer de dizer o nome deles três. Sem (nome de grande fama), Jafé (Deus te dê um lugar espaçoso) e Cão (queimado do sol), o mais moreno. Os três diziam que já estavam cansados de ouvir as mesmas histórias. Mas eu precisava repetir e fazer o máximo para que eles não fossem influenciados pela sociedade em que vivíamos. Acho que ser 'rotulado' de chato é o que acontece quando você está determinado a cumprir uma missão. Minha missão era preservar minha família. Cabeça dura, teimoso, metido a certinho eram alguns dos apelidos mais simpáticos que me davam. A realidade é que, quando saíamos para brincar na cachoeira, ou caçar um animal para fazer um assado aí eles gostavam. Gostavam da comida e até mesmo das histórias. Eu só ficava sabendo da 'zoação' dos vizinhos pelo que a minha esposa contava.
Quando eu tinha que enfrentar alguma dificuldade sempre fazia o mesmo que costumava fazer quando era criança. Eu ia para aquele monte e, sentado naquela árvore gigante, olhava o céu e conversava com Deus.
Num desses dias, eu quase caí do galho. Deus falou comigo. É. Isso mesmo que você leu. O grande Criador não apenas falou mas desabafou comigo. Eu já sabia que o mundo estava de mal a pior mas não tinha ideia de que o Criador estava tão decepcionado conosco. Na conversa, Deus revelou que iria salvar minha família, mas mesmo assim fiquei triste. Com uma lasca do tronco da árvore anotei todas as orientações que o Todo Poderoso me deu. Fui para casa e, naquela mesma noite, contei para todos de casa o que tinha acontecido e o que iria ocorrer.

30 de dez. de 2015

Como retribuir?





Como posso retribuir ao Senhor toda a sua bondade para comigo?

Impossível ficar passivo, não senti-se tocado, emocionado tento a experiência que vivi ontem. Basta ter um mínimo de memória para recordar o vale que esses quatro viveram com a doença da pequena Gabi. 
A notícia chegou aqui no Rio como uma bomba. Não foram poucos os momentos em que a notícia vinha e produzia  lágrimas, angustia, dor, e intercessão. A determinação, a absoluta entrega aos cuidados divinos e o total respeito às minimas orientações médicas que essa dupla (Gisele e Ernani Jr) tiveram que suportar é de encher qualquer agenda de atleta olímpico. É claro que não faltou acolhimento e encorajamento da tia Elza, do tio Toninho dos irmãos, cunhados e de toda família. A de sangue e da do sangue de Cristo.
Histórias assim, tão próximas da gente, sacodem a 'caixola' e denunciam nossa fragilidade diante das circunstâncias da vida. 
Com a ajuda de Deus eles estão vencendo e, mais do que isso, vivendo.
O salmista enfrenta momento semelhante. Ele sofre, suplica e se rende. O poeta tem tamanha consciência da impotência diante da vida que quando experimenta extraordinária salvação imediatamente, quase num impulso, deseja retribuir.
Como retribuir, devolver, manifestar gratidão diante do dono de tudo?
A resposta é clara: Nada posso dar, nada posso fazer.
Aí bate uma frustração a gente imagina alternativas, relaciona o mais valioso que temos até que, não tem jeito, a rendição é total.
A conclusão: Não sou nada, mas tudo que sou e tenho te dou.
Curioso é o que acontece. 
Deus devolve a nossa vida e, como pai amoroso que é, diz:
Tome sua vida, viva, viva!
Viva intensamente!
Viva amorosamente!
Viva de forma criativa!
Viva de maneira graciosa!
Viva, pois foi para isso que estive aqui.
Viva da graça!!

29 de dez. de 2015

A beleza, a elegância e a delicadeza de uma cestinha de porcelana


Palavras simples, afirmações óbvias apontadas por quem está numa perspectiva diferente da nossa, especialmente quando estamos 'mergulhados' em problemas, são convites à reflexão. Toda vez que penso, escrevo ou falo de reflexão, penso no ser, no ser humano. Refletir é característica nossa, é sopro divino.
Ou você nunca viu e até mesmo se meteu numa briga que é 'curiosamente' interrompida por alguém que não tem 'nada a ver' com a confusão. Gente que chega e que 'sopra' no ouvido palavras que agem como um 'choque', que estimulam o pensar e 'misteriosamente' o atrito é interrompido?
O mesmo ocorre quando chegamos no momento de uma decisão e, de repente, uma palavra, um toque, um gesto acontece e pronto. Partimos decididos, certos da escolha.
Observe que nos dois casos, a decisão é do protagonista e sempre resultado de reflexão. A reflexão é aquele 'mergulho interno' em busca de sentido. Mergulho que é estimulado por um convite e não um empurrão ou uma ordem. É um mergulho investigativo, decidido e, mesmo contendo riscos, impulsionado por vontade própria.
Algumas pessoas tem mesmo esse dom de acolhimento, envolvimento e empatia sem invasão ou condução deliberada. É gente que valoriza a gente como gente. Entendo que é dom desenvolvido por quem respeita e crê na capacidade do outro de refletir.
Foi o que minha sábia parceira, minha esposa Marília, observou num insignt de um discurso que citou o 'grande comandante do exército da Siria' (2 Rs 5.1) sob uma perspectiva totalmente diferente desta. Ela compartilhou baixinho e eu resolvi anotar e escrever. Faço isso porque ela é dessas pessoas sábias que usam as palavras como o que o poeta bíblico descreve. Palavra sábia tem a beleza, a elegância e a delicadeza de uma cestinha de porcelana num jogo de chá Inglês:

A palavra proferida no tempo certo
é como frutas de ouro incrustadas numa escultura de prata.
E não foi exatamente isso que aconteceu com aquela 'gente simples', que nem era do povo judeu, e que acompanhava o 'grande comandante'? Naamã já estava ali por conta de uma serva de sua esposa e agora, quase que como uma ironia, são os servos o convidam à reflexão. Até porque o profeta Eliseu nem saiu de casa para atendê-lo.



"Meu pai, se o profeta lhe tivesse pedido alguma coisa difícil,
o senhor não faria?

Ouvindo, lendo e escrevendo esta meditação faço de meu desejo uma oração: Senhor aguça meus ouvidos e sentimentos para perceber o sopro da sua voz e do seu querer, nas pessoas que estão à minha volta. Me ajuda, ó Pai, a não abrir os ouvidos somente para os 'poderosos eclesiásticos'. Afia minha observação e tem, ó Deus, misericórdia de mim colocando gente como os servos de Naamã por perto. Em nome de teu Filho, Amém.

28 de dez. de 2015

"Tião' é Betel

Acabo de chegar de viagem, acordo logo cedo, sinto o cheiro gostoso de estar em casa. Boto o pé na rua para a caminhada matinal e, ao retornar depois de um banho para encarar as tarefas de trabalho e ajustar o que ficou por fazer, recebo a triste notícia de uma nota de falecimento.
Nem bem tirei a roupa suja da mala uma notícia dessas.
A vontade é retornar para estrada e ficar perto novamente, abraçar gente que deixei, não nesta viagem que acabo de deixar para trás, mas de outras, muito antigas, viagens que marcaram pra sempre a caminhada da vida.
Olho a mala vazia, olho a pilha de roupas por lavar, olho o quintal com varal vazio, a rua ainda solitária... No fundo mesmo a vista está nesses objetos mas o olhar não. Não vejo nada disso porque notícias como estas apontam para dentro, para ontem, para os selos que colecionamos na vida.
Algum tempo atras existia um costume de etiquetar as bagagens com adesivos. As malas eram marcadas, ilustradas com as etiquetas dos lugares percorridos. Esta prática teve início com a expansão das viagens de turismo em meados do século XIX. Naquele período em que viagens não eram para qualquer um. Era necessário ter muito dinheiro no bolso para entrar num daqueles vapores lentos e, além disso, quem viajava teria que ficar muito tempo sem trabalhar de forma sistematizada. Foi o tempo das etiquetas de bagagem e elas ficaram muito conhecidas.
Muita relação já foi feita com gente que é rotulada de 'mala' e isso você sabe muito bem o que é. Todos nós somos, de certa maneira, 'uns malas'. Mas também creio que tem gente que é muito mais parecida com aquelas famosas 'etiqueta de mala'.
Olhar uma etiqueta dessas devia ser uma recordação impactante. Este exercício fazia da etiqueta um trampolim para o passado. Uma viagem muito rápida para um lugar específico e para um bocado de gente colorindo relações e recordações. A etiqueta creio, que tinha a mesma função que um marco, um registro para guardar na lembrança. É como se a etiqueta fosse, na realidade, uma chave para abrir um baú com os registros afetivos.
Olhar uma etiqueta era como recordar o cheiro, o abraço, o sorriso, a conversa solta, a piada, a bronca sabiamente recebida...
Nesse turbilhão de informações lembrei a história de Jacó e da pedra que foi usada como travesseiro.
Jacó. o patriarca que dá nome à nação, dormiu depois de fugir da ira do irmão. Foi parar longe e, bem longe, dormiu com a cabeça sobre uma pedra. Naquele lugar teve a famosa visão de uma escada, Naquele lugar, sozinho, teve a primeira experiência com Deus. Sinceramente não creio que tenha sido a primeira mas foi, sem dúvida, a relação mais direta que tivera até aquele momento. O Senhor fala com Jacó ali sozinho no meio da fuga, depois de quebrar a confiança do pai, e 'arrancar' o fruto da estranha negociação com o irmão. Depois do acontecimento extraordinário Jacó chega à conclusão que Deus não cabe em nossas normas geográficas, nem dogmáticas. "O Senhor estava aqui e eu não sabia" (Gn 28.16). O impacto foi tão grande que o patriarca desejou marcar o lugar, dar nome aquele espaço físico onde ocorreu a revelação divina. Ele vê, ouve, sente e, ainda que não entenda, assume compromisso de voltar. Era um marco, um pacto, uma etiqueta. A 'etiqueta' naquele caso, foi a pedra mas o compromisso estava gravado no coração de Jacó. Ele chama o lugar de Betel - casa de Deus - mas, na realidade a morada divina se cumpriria, não num espaço físico, mas a partir do próprio Jacó. Deus não prometeu estar naquele lugar. Só estava ali porque Jacó encostou a cabeça na pedra daquele lugar.
Sebastião=sagrado, reverenciado é o significado do nome.
Minha mala não carrega nenhuma identificação mas o adesivo da vida do 'Tião", do irmão Sebastião, vai continuar como um adesivo aqui no fundo do coração. Ele é um marco de disposição, de boa vontade, de homem de família, de dependência divina e de desafio. Meu desafio é olhar as marcas de minha caminhada como balizadores de minhas escolhas e referências.

22 de dez. de 2015

Natal


Havia pastores que estavam nos campos próximos 
e durante a noite tomavam conta dos seus rebanhos.

E aconteceu que um anjo do Senhor apareceu-lhes 

e a glória do Senhor resplandeceu ao redor deles; e ficaram aterrorizados.

Mas o anjo lhes disse: "Não tenham medo. 

Estou lhes trazendo boas novas de grande alegria, que são para todo o povo:
Hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador que é Cristo, o Senhor.


A narrativa mais detalhada sobre o nascimento de Jesus, registrada nos evangelhos, sem dúvida, é a de Lucas. Lucas é o evangelho dos gentios, (você sabe que gentio é todo aquele que não é judeu). É o evangelho da música, da alegria e também o evangelho dos excluídos daquele contexto (como mulheres, samaritanos, publicanos). Evangelho, só para recordarmos, é boa notícia. Os quatro evangelistas têm públicos diferentes e apresentam a 'boa notícia' sob perspectiva muito peculiar. A boa notícia para todos os povos é Jesus.
Lucas apresenta a história da concepção e nascimento de João, o batista, e recria um ambiente muito dramático com o recenseamento elaborado por Herodes e o deslocamento de Maria e José para Belém, cidade natal de José. De repente o narrador desloca o foco. Ele mostra o que está acontecendo não muito distante dali, num ambiente totalmente alheio ao que ocorria. O foco se desloca para gente simples trabalhando durante a noite. Pastores no campo. Tudo dentro da normalidade e da rotina até que acontece o inesperado. Um anjo aparece para os trabalhadores. Vale recordar que havia uma expectativa latente da vinda de um Messias, de um descendente de Davi, havia a espera de um resgatador daquela situação que, como sempre acontece, pressiona e amargura os mais fracos.
O que aconteceu com os pastores, a fala do mensageiro dos céus, pode nos ensinar e ajudar a recordarmos a essência do natal.

A VIDA NOS SURPREENDE
Tudo normal e, de repente, um telefonema, uma mensagem, uma surpresa. Tudo igual e, num susto, lá se vão as economias e o planejamento daquela obra. Não damos conta da vida. O Natal ensina isso. Quem nunca planejou a festa e ocorreu algum imprevisto? E quando contamos os dias para receber a quem amamos e, por conta do inesperado, o encontro não acontece? Diante das circunstâncias, das previsões frustradas, do inesperado devemos ficar com a recomendação do mensageiro divino:

1. NÃO TENHA MEDO!
O anjo logo diz. Não tenham medo. Essa é uma expressão muito comum diante do inesperado. Temos medo. O medo tem duas dimensões. Existe o medo bom. O medo que nos deixa alerta, cuidadosos, atenciosos. É o medo que experimento quando tenho uma prova para fazer, quando vou receber alguém em casa e penso em fazer aquela receita especial... Existe ttambém o medo ruim. É o medo que nos paralisa, que nos deixa atônitos. É o medo, por exemplo, que algumas pessoas tem de sangue. Elas ficam estáticas, imóveis e não conseguem socorrer um acidentado. O anjo falou: não tenham medo. Naquele contexto era comum as pessoas terem medo de Deus. Não foi exatamente o que ocorreu com o povo de Deus quando estava no deserto? Deus desejava relacionar-se diretamente com eles mas foi o próprio povo que 'delegou' a Moisés a missão de ficar como intermediário entre eles e Deus. (Ex 20.19)

2. É NOTÍCIA BOA!
Precisamos trazer à memória o caráter de Deus revelado nas escrituras. Deus é bom! Deus é amor! Deus é por nós! O profeta Jeremias já havia dito que o Senhor tem planos bons para nós (Jr 29.11). Deus sempre quis e sempre quer o melhor para nós. Foi assim com os pastores que estavam, mesmo sem saber, sendo convidados para testemunharem um marco na história humana. Responda, por favor, que data é hoje? Pois bem. Esta data é contada no chamado 'ano domini', ou AD. A era Cristã. Os trabalhadores do campo, gente simples que 'virava a madrugada' cuidando de ovelhas é convidada para servir de testemunha para o maior marco da humanidade.

3. É PARA TODO POVO!
Essa é uma dimensão da fala do anjo que, se formos corajosos, admitiremos que não fazemos muita questão de lembrar. Nos achamos especiais. Pensamos, como os judeus também faziam, que somos 'propriedade exclusiva de Deus". É, sem duvida, verdade,  igreja é propriedade de Deus mas é peculiar para o Senhor com a missão de incluir. Eu e você somos servos do Senhor que abraça, que aceita, que não recrimina, que inclui. Não podemos ignorar que o caráter divino está impresso em nós. O que Deus fez na criação é para todo povo. Lembre do registro bíblico de que quando o Senhor escolhe Abraão foi para que por meio dele todas as famílias da terra fossem abençoadas. O que recebemos é para dividir. Dividir vida é sempre multiplicar.

4. NASCEU O SALVADOR! NASCEU O CRISTO! O CRISTO É SENHOR!
Isso é natal! Natal é o nascimento da criança. Natal é nascimento da esperança. Natal é o nascimento do Cristo. Cristo é a palavra grega para Messias. Messias e Cristo significam a mesma coisa, ungido. Ungido é o separado de Deus. Ungido era o rei. 

Convido voce para pensar o Natal, agora de trás para adiante. Natal é o nascimento de Jesus. Natal é para todo povo. Natal é boa notícia e notícia alegre. Natal é o momento de alimentar a esperança e deixar o medo de lado. Ainda que a vida surpreenda, hoje é Natal!


A Revelação Geral


Deus se revela.
Somos finitos e Deus infinito. Na realidade nem poderíamos ter comunhão com Ele mas Ele, que é amoroso e quer se relacionar, resolveu se revelar. 
DEUS SE REVELA NA CRIAÇÃO
Como ocorre com as artes, a arte revela o artista. 
O poeta entendeu isso muito bem quando registrou, no Salmo 19:
'Olhe para o céu e veja! A beleza do céu mostra a grandiosidade,
a obra extraordinária das mãos de Deus, este grande Artista.
Ele elaborou, organizou e realizou tudo que existe.Cada dia é totalmente novo e mostra essa dinâmica peculiare criativa a outra manhã, de forma completamente diferenteda anterior. Mais interessante ainda é como acontece a mesmacoisa com a noite. Não há repetição. Nada é monótono.O Senhor Deus não fica por aí ‘tirando onda’, nem fazendo discursospara mostrar sua magnitude, suas habilidades, sua virtuosidade artística.Repare. Repare bem. O que ele faz atesta quem ele é.'"Farei de você um grande povo, e o abençoarei. Tornarei famoso o seu nome, e você será uma bênção.Abençoarei os que o abençoarem, e amaldiçoarei os que o amaldiçoarem; e por meio de você todos os povos da terra serão abençoados".Gálatas 4:4
porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e os seus corações insensatos se obscureceram.
Romanos 1:20,21

Deus nos deu uma revelação objetiva, vália e racional acerca de si mesmo por meio da natureza. Fez isso também usando a história.
DEUS SE REVELA NA HISTÓRIA
O Deus que é infinito, que não se limita ao tempo, fez-se gente na história. A história dos seres humanos revela a presença divina. Deus faz uma promessa em Gn3.15 e prepara uma nação para ser 'o ventre do Messias' Gn12.2 e 3 
Todo o 'drama do AT' ocorre até que chega o tempo oportuno:
'Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da lei,'

DEUS SE REVELA NO CARÁTER HUMANO
Ficamos, não poucas vezes, incomodados com a maldade humana. Buscamos, de todas as formas, explicações para o 'nó' existencial da humanidade. O efeito da queda recai sobre os seres humanos. Todos sabemos que o ser humano não dá conta, não se basta. É o que o apóstolo Paulo registra aos romanos:
Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis;

Um fato inquestionável é que todas as pessoas tem um conhecimento de Deus. Até os ateus tem esse conhecimento mas optaram por suprimi-lo. A revelação geral também nos ajuda a entender o fenômeno mundial da religião. Essa 'busca de Deus' está presente em todas as culturas através dos tempos. A revelação geral incomoda a mente humana e o faz 'investigar' uma lógica na criação, na história e em si mesmo. É uma 'cutucada' à consciência e responsabilidade. Por isso mesmo, como diz as Escrituras, 'todos são indesculpáveis'. O que é fundamental destacar nesse resumão é que Deus não se 'limitou' à revelação geral. Existe uma outra dimensão da revelação divina. Uma revelação especial e bem particular de Deus. Isso veremos num próximo post.