19 de out. de 2016

Testemunho com lápis cera

Enquanto 'rolava' o Culto na Praça eu achei um 'canto' (não era exatamente um canto mas uma daquelas mesas de concreto) e comecei a 'rabiscar' uma história bíblica. Caneta esferográfica e um pedaço de 'tapume' em mdf. Rabiscando, rabiscando e em meio aos rabiscos uma menina pergunta:
-Tio o que o senhor 'tá' fazendo?
-Desenhando.
-Isso eu sei. Posso ver?
-Claro que pode.
Não passa muito tempo e ela continua:
-Você vai pintar?
-Vou sim mas só depois que acabar o desenho.
-Posso ajudar a pintar? Eu sei pintar direitinho.
Ela viu um bocado de giz de cera sobre a mesa e eu respondi:
-Pode sim. Mas, como é o seu nome?
Ela respondeu e a gente conversou um bocado enquanto pintávamos o desenho (observe a expressividade no azul que está na parte de cima, no céu nesta reprodução). Me encantei. Comecei a contar a história do filho pródigo e ela imediatamente me interrompeu e disse que sabia até uma música daquela história. Ela cantou e contou um pouco da história.
Senti vontade de deixar um desenho com ela. Eliane Almeida logo trouxe uma resma de papel ofício e eu desenhei a pequena menina - vou preservar o nome dela. Quando entreguei o desenho ela, de repente sumiu. Quando percebi tinha um monte de crianças e eu fui fazendo caricatura de cada uma delas. Aí quando o culto acabou fui guardar o desenho. Ela me seguiu 'investigando' os cantos da nossa igreja, que fica bem em frente à praça. Por medo, ou respeito, ainda que eu desejasse, não abracei ela e educadamente a convidei para voltar no domingo.
Ela voltou mesmo e me procurou como 'o tio que desenha'.
Aprendi tanto com essa menina! Ela foi usada por Deus para falar comigo e agora invade minhas orações. Isso tudo incomoda e 'cutuca' à ação.
Ainda ecoa nos meus ouvidos:
-Tio 'cê' vai voltar?
90x70cm giz de cera e caneta esferográfica


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